Seu espaço de trabalho lhe fornece ganchos cognitivos que favorecem sua produção, ou que te dispersam?
Tudo que está ao alcance da nossa percepção pode funcionar como uma interface que, segundo Pierre Lévy “possui sempre pontas livres prontas a se enlaçar, ganchos próprios para se prender em módulos sensoriais ou cognitivos, estratos de personalidade, cadeias operatórias, situações …”
Todos os nossos sentidos são receptores dos estímulos das diversas interfaces com as quais interagimos. No entanto, a visão é especialmente poderosa captadora de ganchos cognitivos, possibilitando a recepção de diversas imagens que formam redes de significação em nossa mente.
Em nosso espaço de trabalho, podemos ter ganchos cognitivos de concentração ou dispersão, mas ter um ou outro resultado vai depender da característica cognitiva do indivíduo.
Nas áreas de trabalho ilustradas neste post, você teria tendência à concentração ou a dispersão?
Algumas dessas estações de trabalho lembram aquelas paisagens urbanas nas quais há excesso de letreiro, propagandas, estímulos visuais diversos, que no final acabam não chamando atenção pois todos se fundem num grande “pano de fundo”, como se fosse uma textura, sem destaque. Num caso desses o gancho cogntivo, para efetivamente atrair o olhar e estabelecer uma rede de significação, necessitará chamar a atenção pelo contraste, ou seja, sendo uma área limpa num todo poluído.
Talvez por isso algumas pessoas reclamem que, quando alguém limpa suas mesas, aí sim é que se distraem!
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